Prezados leitores, retorno falando sobre um tema que é bastante discutido e de díficil solução: troca de gerente de projetos durante um projeto em andamento. Isto é como uma troca de uma turbina de vôo durante o vôo! Guardadas as devidas proporções, este tipo de mudança é sempre traumática, tanto para o gerente, quanto para o cliente, quanto para o time de projeto. Vamos ver cada um dos envolvidos no projeto e procurar entender como afeta cada um e qual a sugestão para o gerente de projeto (GP) que está assumindo.
Para ilustrar esta troca repasso uma experiência que tive que vale como troca de informações e exemplo para relatar este tipo de situação. Eu tinha acabado de entrar em um grupo aonde atuava como como gerente de projetos, vindo de uma empresa terceirizada, e me tornei efetivo. Atuei em projetos pequenos quando surgiu a grande oportunidade de ir atuar como GP em um projeto crítico para a área com problemas de relacionamento no time, cronograma e budget estourados e cliente insatisfeitos. Entrei num verdadeiro caldeirão em ebulição aonde eu deveria sair com um projeto de 3 anos entregue e com sucesso.
Qual foi minha postura? Primeiro que tudo procurei observar!!! Observar bastante!!! Não tomei nenhuma decisão precipitada para mostrar serviço, sem estar interado totalmente no caso. Esta dica é essencial para você ter sucesso.
Para melhorar o relacionamento do time procurei envolver todos nos problemas do projeto e deleguei algumas tarefas que ficavam em cima do gerente de projetos porém sem nunca delegar as minhas responsabilidades. Existia uma forte separação no time entre terceiros e funcionários causando um mal estar entres todos. Passei a valorizá-los independente da posição dentro do projeto. Passei a valorizar o papel de cada um e reconhecer a todos de acordo com suas realizações!!! Importante é criar uma atmosfera positiva e transformar todas as pessoas envolvidas no projeto em aliados que vão jogar ao seu favor.
Passei então a montar um cronograma e um budget real, com as datas acordadas entre todas as partes e sem falsas promessas. Desta forma não se cria falsas expectativas. É preferível dizer que vai entregar daqui a um mês e cumprir do que dizer que vai entregar até segunda-feira e não cumprir.
Importante ler tudo que existe de documentação, procurar analisar os stakeholders e suas expectativas, ter uma matriz de risco completa e confiável, elaborar uma boa matriz de responsabilidades e divulgá-la sem restrições.
Do lado do cliente procurei mostrar que deveríamos colocar prioridades e evitarmos mudanças no escopo do projeto, fato comum que atrasava o desenvolvimento e gerava desconforto para o time. Desta forma criei uma linha de corte nas mudanças, atacando apenas os defeitos e informando ao cliente que novas release poderiam ser efetuadas após a passagem para produção. Não foi permitido aumento de escopo ou mudança no mesmo.
Procurei manter uma comunicação mas efetiva tanto com o time, quanto com o cliente. Passamos a fazer reuniões periódicas e montamos em alguns momentos uma WAR ROOM par atacar determinados issues até os mesmos serem resolvidos. Criei uma linha de escaladas tanto dentro de TI quanto dentro da linha do cliente. As issues que não estavam na minha alçada eram escaladas para que os gerentes acima resolvessem.
Bem leitores, coloquei acima uma série de dicas porém a mas importante é mostrar comprometimento e envolvimento com o projeto. Espero ter ajudado e boa sorte no seu novo "velho projeto".
Forte abraço, Marcelo Mendes.
Mais do que ser competente, eficiente e eficaz, antever os problemas e ser proativo, hoje o diferencial do profissional é ser resiliente. Veja a razão e aprenda como desenvolver esta característica na vida pessoal e profissional
Quase sempre me pego entre os encantos e devaneios do mundo de hoje, porém, nem sempre chego a uma conclusão. Ainda assim, tenho a convicção da grande dificuldade que o ser humano contemporâneo tem em lidar com suas frustrações.
Como sempre digo, pensar os problemas e as dificuldades tem sido uma tarefa fácil aos pensadores. No entanto, acredito na busca das soluções por meio da resiliência – uma difícil estratégia de equilíbrio.
A resiliência é um termo advindo da física e traz em sua essência a ideia de que uma estrutura elástica tem a capacidade de ser deformada ou esticada, voltando sempre a sua forma original. Para nós psicólogos, esta é a grande habilidade que o ser humano deve ter para administração de situações de conflitos e crises nos dias de hoje.
Alguém resiliente é capaz de passar por grandes momentos de dificuldade, tais como: traumas, situações estressantes, conflitos e crises dos mais diferentes tipos. O resiliente consegue sair destas situações positivamente transformado, como se tivesse atravessado o “inferno” e retornado de lá melhor estruturado.
É impressionante a quantidade de situações frustrantes e de conflitos que conseguimos administrar. Ser competente, eficiente e eficaz, antever os problemas e ser proativo são apenas algumas das características que, atualmente, são fundamentais para que sejamos bons profissionais. Mas, o que realmente tem sido um diferencial é a capacidade de resiliência que uma pessoa pode ter.
Mas talvez a complexidade em ser resiliente esteja nos elementos que a estruturam, muito mais do que na ação em si. Uma das principais características do resiliente é quanto a sua auto-estima, a qual não privilegia suas capacidades, mas a compreensão de suas limitações, fazendo com que exista um equilíbrio das forças, aliado a satisfação de suas próprias cobranças pessoais.
O desequilíbrio entre auto-estima e cobrança pessoal pode ser o grande desencadeador de conflitos, ou em alguns casos, até de patologias do psiquismo. Possivelmente a melhor estratégia para alcançar este equilíbrio seja a busca pela flexibilidade, não frente aos comportamentos do outro, mas sim a sua própria forma de agir no mundo.
Compreendendo isto como um fato, o passo seguinte é estabelecer relações humanas mais favoráveis, onde o dar e receber se torne natural e não apenas uma obrigação social ou mesmo uma estratégia formalizada. Ao entendermos que lidamos com pessoas e não com processos ou procedimentos, internalizamos outras possibilidades, as quais nos dão acesso a uma maior gama de ações na solução dos conflitos.
Buscar um pensamento independente é a próxima instância após percebermos a ampliação do universo no qual estamos inseridos. Ao pensarmos em um contexto profissional, a quantidade de variáveis que surgirão ao adequarmos nossas relações humanas nos criará novos papéis e possibilidades, que se não nos permitirmos pensar, toda ação irá por terra. Confira abaixo algumas dicas para se manter resiliente:
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Quase sempre me pego entre os encantos e devaneios do mundo de hoje, porém, nem sempre chego a uma conclusão. Ainda assim, tenho a convicção da grande dificuldade que o ser humano contemporâneo tem em lidar com suas frustrações.
Como sempre digo, pensar os problemas e as dificuldades tem sido uma tarefa fácil aos pensadores. No entanto, acredito na busca das soluções por meio da resiliência – uma difícil estratégia de equilíbrio.
A resiliência é um termo advindo da física e traz em sua essência a ideia de que uma estrutura elástica tem a capacidade de ser deformada ou esticada, voltando sempre a sua forma original. Para nós psicólogos, esta é a grande habilidade que o ser humano deve ter para administração de situações de conflitos e crises nos dias de hoje.
Alguém resiliente é capaz de passar por grandes momentos de dificuldade, tais como: traumas, situações estressantes, conflitos e crises dos mais diferentes tipos. O resiliente consegue sair destas situações positivamente transformado, como se tivesse atravessado o “inferno” e retornado de lá melhor estruturado.
É impressionante a quantidade de situações frustrantes e de conflitos que conseguimos administrar. Ser competente, eficiente e eficaz, antever os problemas e ser proativo são apenas algumas das características que, atualmente, são fundamentais para que sejamos bons profissionais. Mas, o que realmente tem sido um diferencial é a capacidade de resiliência que uma pessoa pode ter.
Mas talvez a complexidade em ser resiliente esteja nos elementos que a estruturam, muito mais do que na ação em si. Uma das principais características do resiliente é quanto a sua auto-estima, a qual não privilegia suas capacidades, mas a compreensão de suas limitações, fazendo com que exista um equilíbrio das forças, aliado a satisfação de suas próprias cobranças pessoais.
O desequilíbrio entre auto-estima e cobrança pessoal pode ser o grande desencadeador de conflitos, ou em alguns casos, até de patologias do psiquismo. Possivelmente a melhor estratégia para alcançar este equilíbrio seja a busca pela flexibilidade, não frente aos comportamentos do outro, mas sim a sua própria forma de agir no mundo.
Compreendendo isto como um fato, o passo seguinte é estabelecer relações humanas mais favoráveis, onde o dar e receber se torne natural e não apenas uma obrigação social ou mesmo uma estratégia formalizada. Ao entendermos que lidamos com pessoas e não com processos ou procedimentos, internalizamos outras possibilidades, as quais nos dão acesso a uma maior gama de ações na solução dos conflitos.
Buscar um pensamento independente é a próxima instância após percebermos a ampliação do universo no qual estamos inseridos. Ao pensarmos em um contexto profissional, a quantidade de variáveis que surgirão ao adequarmos nossas relações humanas nos criará novos papéis e possibilidades, que se não nos permitirmos pensar, toda ação irá por terra. Confira abaixo algumas dicas para se manter resiliente:
- Mantenha a mente aberta.
- Não se esqueça de manter o bom humor, pois este ingrediente é o diferencial dos vencedores. Quem alimenta o ódio e o rancor, além de não alcançar seus objetivos, corre o risco de adoecer precocemente.
- Busque perceber o tempo todo seus próprios sentimentos, pois desta maneira não será pego de surpresa por momentos incontroláveis. Aproveite e esteja atendo aos sentimentos das pessoas a sua volta, pois esta poderá ser sua “arma secreta” para evitar conflitos.
- Mantenha-se sempre compromissado com a vida, vivendo plenamente seus planos e objetivos, podendo ressignificá-los a qualquer tempo, ou seja, refazer seus projetos.
- Priorize-se – você em 1º lugar pode fazer bem ao mundo todo!
- Recomece sempre – você sempre pode reescrever a sua própria história.
- Nunca desista – sempre há uma saída.
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